Elas movem o crédito: liderança feminina no mercado financeiro e imobiliário

Elas movem o crédito: liderança feminina no mercado financeiro e imobiliário

Publicado em: 25.11.2025

No Credit AI, o painel “Elas movem o crédito” reuniu Poliana Longo (CFO e cofundadora da Morada.ai), Magally Aleixo (CashMe), Fabiana Suh (Santander) e Bruna Freitas (Bradesco) para discutir como a liderança feminina no mercado financeiro e imobiliário e como ela está mudando a cultura desses setores.

Poliana abriu o encontro reforçando o objetivo: tratar dos impactos reais que as mulheres já estão causando num setor ainda majoritariamente masculino, e conduziu uma conversa objetiva, com perguntas precisas que extraíram aprendizados práticos do palco para aplicar diretamente na operação do dia a dia.

Onde estamos: representatividade e avanço

Magally Aleixo, executiva C-level na CashMe, trouxe o diagnóstico com números que ajudam a calibrar a ambição: mulheres são cerca de 28% das lideranças no crédito imobiliário, e menos de 9% no C-level. O caminho avançou, mas ainda é curto — e a aceleração depende de criar redes e oportunidades consistentes dentro das empresas.

Comunidade, capacitação e portas abertas

Quando questionada sobre como acelerar a formação de novas líderes, a executiva C-level da CashMe foi direta: comunidades e redes de apoio são fontes de inspiração, troca e empoderamento — capacitação não é só dinheiro, é disponibilidade para evoluir — e as empresas têm papel ativo em abrir espaço. Ela citou a prática interna: hoje, 70% do time que lidera é composto por mulheres, e convidou quem não participa a se engajar em grupos como Mulheres do Imobiliário e Amazonitas.

Produto, experiência e a cliente que paga a conta

Fabiana Suh, líder sênior de Negócios Imobiliários CGI PF no Santander, trouxe um ponto estruturante: a consumidora mudou de papel.

“A mulher hoje não é só a influenciador. Muitas vezes ela paga o imóvel sozinha.”

Se o produto é para todas as pessoas, mulheres precisam estar na liderança das áreas estratégicas e no desenho do produto. A evolução da jornada exige que layouts, fluxos e políticas considerem prioridades diversas — da vaga de garagem aos espaços de trabalho e às rotinas da família.

Carreira não linear, competência como critério

Fabiana também compartilhou um relato que ecoa em muitas trajetórias: a carreira feminina é menos linear e frequentemente atravessada por eventos pessoais, como a maternidade — por isso, avaliação e oportunidades precisam considerar história e competência, não estereótipos.

“Não é ‘me respeite porque sou mulher’; é ‘me respeite porque sou um ser humano, com história e competência’.”

Inclusão que melhora decisão e performance

Provocada por Poliana Longo, Bruna Freitas, gerente de Crédito Imobiliário no Bradesco, destacou a conexão direta entre pluralidade e qualidade das decisões: soluções financeiras mais criativas e aderentes nascem da mistura de gêneros, vivências e histórias — inclusão, no fim, é um motor de criação e de melhor crédito.

O papel da liderança — da cultura ao resultado

Poliana costurou os pontos: mulheres se provam diariamente, equilibram múltiplas frentes e entregam resultado. O objetivo não é levantar bandeiras, e sim construir ambientes onde o respeito à história e à competência permita que mais mulheres liderem, para que o mercado se torne mais inteligente, competitivo e humano.

O que empresas podem fazer agora

1)  Estabelecer metas de representatividade e criar trilhas de liderança para mulheres (mentoria, rotação, projetos visíveis).

2)  Incentivar participação em comunidades e redes — são canais de aceleração de repertório e confiança.

3)  Colocar mulheres no desenho de produto e na experiência de crédito — da originação à política de risco.

4)  Rever critérios de seleção e promoção para reconhecer trajetórias não lineares sem prejuízo de potencial.

Esses quatro movimentos respondem diretamente às provocações e evidências do painel.

Por que isso importa para negócios

Diversidade não é apenas um valor; é estratégia. Times com repertórios distintos entendem melhor as clientes que hoje influenciam, compõem renda — e cada vez mais compram sozinhas — e, por isso, desenham ofertas e jornadas com mais aderência. Isso reduz fricção, melhora conversão e eleva satisfação, num contexto em que crédito e confiança andam juntos.

Conclusão

O recado do palco é pragmático: liderar com mulheres no centro melhora produto, acelera a formação de novas referências e impacta diretamente o resultado das operações de crédito. Quando empresas tratam inclusão como decisão de negócio — e não apenas como pauta de RH — o mercado inteiro fica mais forte.

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