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Impactos da reforma econômica e da taxa de juros no mercado imobiliário: o que esperar do setor?

24/06/2025

13 minutos

Impactos da reforma econômica e da taxa de juros no mercado imobiliário: o que esperar do setor?

Os impactos da reforma econômica e da taxa de juros no mercado imobiliário afetam diretamente quem compra, vende ou investe em imóveis no Brasil. Cada decisão econômica tomada pelo governo — seja na política fiscal, monetária ou tributária — impacta diretamente quem compra, vende ou investe em imóveis.

A taxa de juros define o custo do crédito imobiliário. Quando a Selic sobe, os financiamentos ficam mais caros e a demanda por imóveis pode desacelerar. Quando cai, o crédito se torna mais acessível e impulsiona o mercado.

Além disso, a reforma tributária traz mudanças significativas na carga fiscal sobre propriedades, transações e construção civil. Novas regras podem alterar a precificação de imóveis, a viabilidade de empreendimentos e a atratividade do setor para investidores.

Mas o que isso significa na prática? Como incorporadoras, imobiliárias e compradores podem se preparar para esse novo cenário? 

Este artigo traz uma análise detalhada sobre os impactos dessas mudanças e o que esperar do futuro do mercado imobiliário no Brasil.

Por que o mercado imobiliário é tão sensível a reformas econômicas? 

O crescimento ou retração do mercado imobiliário está diretamente ligado às políticas econômicas adotadas pelo governo, influenciando preços, acesso ao crédito e comportamento de investidores e consumidores.

Política fiscal, monetária e o acesso ao crédito

Decisões sobre gastos públicos, tributação e controle da inflação afetam o custo do dinheiro no mercado. Quando a política monetária aperta e os juros sobem, o crédito fica mais caro e os financiamentos se tornam menos acessíveis. Isso desacelera o setor.

Por outro lado, políticas de incentivo ao crédito e redução de impostos podem estimular novos investimentos e tornar a aquisição de imóveis mais viável. Mudanças no financiamento habitacional, como programas governamentais, também impactam diretamente a velocidade de compra e venda.

Reformas econômicas e a confiança do mercado

Mudanças estruturais na economia, como uma reforma tributária ou ajustes na carga fiscal, geram incerteza para consumidores e investidores. Se há dúvidas sobre aumento de impostos ou novas regras no setor, muitos adiam decisões de compra.

Ao mesmo tempo, uma economia mais estável e previsível atrai novos investimentos para o setor imobiliário, facilitando a viabilidade de grandes empreendimentos e aumentando a liquidez do mercado.

O impacto do custo da construção e da demanda

A relação entre custos de construção, crédito e demanda é direta. Se os insumos e mão de obra encarecerem devido a novas regras fiscais, os preços dos imóveis sobem. Isso pode reduzir a demanda, especialmente em segmentos populares, mais sensíveis ao preço.

Já quando há incentivos à construção civil ou redução de impostos sobre materiais, os preços podem se manter mais controlados, estimulando novas obras e impulsionando o setor.

Taxa de juros e poder de compra

Quando a Selic está alta, as parcelas do financiamento aumentam, reduzindo a capacidade de compra das famílias. Em um cenário de juros baixos, o acesso ao crédito melhora e a procura por imóveis cresce.

O mercado imobiliário é um reflexo direto da economia. Qualquer ajuste na política econômica se traduz rapidamente nos preços, nas vendas e na atratividade dos investimentos imobiliários.

A taxa Selic e seu efeito sobre o crédito imobiliário

A taxa Selic não afeta apenas os grandes investidores – ela tem impacto direto no custo do crédito imobiliário e na decisão de compra de quem financia um imóvel. Cada ponto percentual de variação nos juros altera o valor das parcelas e o acesso ao financiamento, tornando a Selic um dos principais termômetros do mercado imobiliário.

Como a Selic influencia o financiamento e as parcelas do crédito imobiliário

O crédito imobiliário é baseado em juros de longo prazo, que acompanham o comportamento da Selic. Quando o Banco Central eleva a taxa, os bancos aumentam as taxas de financiamento, encarecendo os empréstimos. Se a Selic cai, o custo do crédito diminui, tornando os financiamentos mais acessíveis.

Em um cenário de Selic alta, os juros compostos fazem o valor final do imóvel financiado crescer consideravelmente. Por exemplo, um imóvel de R$ 500 mil financiado em 30 anos pode custar quase o dobro ao final do prazo se os juros forem elevados. Já com juros baixos, o comprador consegue pagar parcelas menores e reduzir o custo total da compra.

Além disso, a Selic influencia a rentabilidade de investimentos de renda fixa, como títulos públicos e CDBs. Quando os juros estão altos, muitas pessoas preferem manter dinheiro aplicado em vez de comprar imóveis, reduzindo a demanda e impactando a precificação dos imóveis.

O comportamento do consumidor diante da variação da taxa de juros

O mercado imobiliário responde rapidamente às mudanças na Selic. Quando os juros caem, a demanda por financiamento sobe, impulsionando vendas e valorizando os imóveis. Em momentos de alta nos juros, compradores tendem a adiar decisões, esperando um cenário mais favorável.

Além do impacto direto no custo das parcelas, a Selic também afeta o comportamento do consumidor pelo acesso ao crédito. Se os bancos consideram o risco maior, as exigências para aprovação de financiamento aumentam, reduzindo a quantidade de pessoas elegíveis para o crédito imobiliário.

No cenário atual, onde a Selic oscila, muitos compradores ficam em dúvida entre fechar negócio agora ou esperar por taxas mais vantajosas. Para quem busca financiamentos de longo prazo, a recomendação é avaliar as condições de mercado, as taxas de cada banco e a possibilidade de portabilidade de crédito no futuro.

Tendências para os próximos anos e possíveis cenários

O futuro da Selic depende de fatores como inflação, crescimento econômico e política monetária. Projeções indicam que, se a inflação permanecer controlada, há espaço para redução gradual da taxa nos próximos anos, o que beneficiaria o crédito imobiliário.

Se isso acontecer, podemos esperar um aquecimento do mercado imobiliário, maior procura por financiamentos e possível valorização dos imóveis. Por outro lado, se a Selic permanecer alta, a demanda pode continuar contida, favorecendo negociações e oportunidades para quem tem capital próprio.

Independentemente do cenário, acompanhar as tendências da Selic é essencial para tomar decisões estratégicas no mercado imobiliário. Seja para quem financia ou investe, entender a dinâmica dos juros permite identificar os melhores momentos para entrar no mercado e garantir boas condições de compra.

O impacto da reforma tributária no setor imobiliário 

A reforma tributária trará mudanças na tributação de propriedades, insumos da construção civil e investimentos imobiliários, podendo redefinir preços, margens de lucro e atratividade do setor. Mudanças nesses tributos afetam diretamente incorporadoras, compradores e investidores, influenciando a dinâmica do mercado.

Tributação sobre propriedades: IPTU e ITBI

O IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e o ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) são tributos essenciais no mercado imobiliário. A reforma pode alterar as bases de cálculo e os critérios de arrecadação, o que impactaria diretamente proprietários, compradores e incorporadoras.

Uma possibilidade é a atualização automática dos valores venais dos imóveis para cálculo do IPTU. Se essa mudança ocorrer, imóveis que hoje estão subavaliados podem ter aumentos significativos no imposto. Isso pode pesar no bolso de proprietários e reduzir o retorno sobre o investimento de locação.

O ITBI, cobrado na transferência de propriedade, pode sofrer ajustes em sua alíquota ou na forma de cálculo. Se houver aumento, o custo da compra de imóveis subirá, tornando o processo de aquisição mais oneroso para os compradores.

Caso a reforma busque equilibrar a carga tributária, pode haver redistribuição desses tributos entre municípios, o que traria impactos regionais diferentes. Cidades com maior valorização imobiliária poderiam ter aumentos expressivos, enquanto mercados menos aquecidos poderiam manter taxas estáveis.

Mudanças na tributação sobre insumos da construção civil

Os custos de construção são diretamente afetados pela carga tributária sobre materiais e serviços. Hoje, insumos como cimento, aço e fiação elétrica são taxados de diferentes formas, gerando um sistema complexo para construtoras.

Com a reforma, a expectativa é que haja uma unificação dos tributos sobre insumos, criando um regime mais transparente. Mas isso não significa, necessariamente, redução de custos. Se as alíquotas forem elevadas, o preço dos materiais pode subir, encarecendo as obras e impactando o valor final dos imóveis.

Por outro lado, um sistema mais simplificado pode reduzir a burocracia e aumentar a previsibilidade dos custos de produção. Isso facilitaria o planejamento financeiro das incorporadoras e permitiria estratégias mais eficientes para precificação e lançamento de novos empreendimentos.

Se a carga tributária sobre a construção subir, o mercado pode sentir o impacto com a diminuição do número de lançamentos e repasse dos custos para os compradores. Caso haja incentivos para o setor, pode haver maior viabilidade para projetos habitacionais e empreendimentos acessíveis.

Impacto para investidores imobiliários e fundos imobiliários

Investimentos imobiliários são uma das principais formas de preservação e crescimento patrimonial no Brasil. A forma como os aluguéis, fundos imobiliários (FIIs) e ganho de capital sobre imóveis serão tributados pode mudar completamente o cenário para investidores.

Atualmente, os rendimentos dos fundos imobiliários são isentos para pessoas físicas, o que torna essa modalidade de investimento muito atrativa. Uma possível tributação sobre esses rendimentos pode reduzir a rentabilidade dos FIIs e afastar investidores, impactando diretamente o setor.

Outra preocupação é o aumento da alíquota sobre ganho de capital na venda de imóveis. Hoje, a tributação segue uma tabela progressiva, mas qualquer ajuste para cima pode desestimular negociações e travar o mercado de compra e venda.

Se a reforma trouxer novos tributos sobre locação de imóveis, proprietários podem repassar esse custo para os inquilinos, encarecendo os aluguéis e reduzindo a atratividade do setor para investidores. Isso pode levar a uma migração para outras formas de investimento, reduzindo a liquidez do mercado.

As mudanças ainda dependem da regulamentação final da reforma. Mas uma coisa é certa: qualquer ajuste no sistema tributário terá impacto direto sobre a precificação de imóveis, a oferta de crédito e o comportamento dos investidores. Ficar atento a essas mudanças é essencial para quem deseja se posicionar bem no mercado imobiliário.

Oportunidades e desafios para o mercado imobiliário diante das mudanças econômicas

A economia muda, e o mercado imobiliário muda com ela. Taxas de juros, reformas e novas regras fiscais afetam preços, crédito e o comportamento dos compradores. Quem entende essas variações consegue se posicionar melhor e aproveitar oportunidades antes da concorrência.

Impactos na precificação dos imóveis e no comportamento dos compradores

Os preços dos imóveis refletem o custo do crédito, da construção e dos impostos. Se os juros continuarem altos e os insumos encarecerem, os imóveis podem subir de preço. Isso pode reduzir o número de lançamentos e tornar a compra mais difícil para quem depende de financiamento.

Com a Selic em queda, a tendência muda. O crédito fica mais acessível, a demanda aumenta e os preços podem subir por valorização. Para compradores, o momento exige planejamento. Simular cenários e comparar taxas de financiamento se torna essencial para evitar surpresas.

Investidores também sentem o impacto. Se a tributação sobre aluguéis e fundos imobiliários crescer, parte do capital pode migrar para outros ativos. Mas se houver incentivos, o setor pode atrair mais investimentos, mantendo a liquidez e valorização.

Novas estratégias para incorporadoras e imobiliárias

As empresas do setor precisam se adaptar rápido. Parcerias com bancos para oferecer melhores condições de financiamento podem acelerar vendas. Modelos como consórcios e locação com opção de compra podem atrair clientes inseguros.

A personalização da experiência de compra se torna decisiva. Ferramentas de IA ajudam a qualificar leads, prever tendências e otimizar o atendimento. Simuladores de financiamento tornam o processo mais transparente, reduzindo barreiras para fechar negócio.

O mercado imobiliário sempre se ajusta às mudanças econômicas. As empresas que se antecipam, inovam e se adaptam saem na frente.

Como se preparar para o novo cenário econômico?

As mudanças econômicas são inevitáveis. Taxas de juros sobem e descem, reformas alteram impostos e o mercado imobiliário precisa se ajustar constantemente. Quem se mantém informado consegue tomar decisões mais estratégicas e reduzir riscos.

Para compradores, isso significa acompanhar as condições de financiamento e entender o momento certo para fechar negócio. Simular cenários, comparar taxas e avaliar a valorização dos imóveis são passos essenciais para uma compra segura.

Investidores devem ficar atentos às novas regras de tributação e ao impacto das reformas no setor. Com as mudanças no crédito e nos fundos imobiliários, algumas oportunidades podem se tornar ainda mais atrativas. Diversificar a carteira e ajustar estratégias são ações que garantem maior segurança.

Já para incorporadoras e imobiliárias, a adaptação precisa ser rápida. Estratégias flexíveis, novas condições de pagamento e o uso inteligente de dados são diferenciais competitivos.

O cenário muda, mas o mercado imobiliário continua forte. A chave está em se antecipar, entender as tendências e agir no momento certo.

Como a Morada.ai pode ajudar neste cenário?

Morada.ai oferece soluções tecnológicas que auxiliam incorporadoras a enfrentar o impacto da alta da Selic no mercado imobiliário com estratégias baseadas em inteligência artificial. A MIA é uma assistente virtual projetada para maximizar resultados, mesmo em momentos de instabilidade econômica.

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