A regulamentação da Reforma Tributária tem mobilizado incorporadoras, loteadoras, construtoras e toda a cadeia do mercado imobiliário. No INC Minas, especialistas do setor analisaram profundamente os impactos da transição para o novo regime dual (CBS + IBS), as mudanças culturais exigidas e o papel decisivo da tecnologia na adaptação ao novo cenário.
Mediado por Renato Lomonaco, diretor de Assuntos Econômicos da ABRAINC, o debate reuniu Carlos Mageste (Grupo Patrimar), Priscila Ramos (MRV&CO) e Rafael Bahr (Senior Sistemas). Suas análises revelam que a Reforma não é apenas uma mudança tributária — é um divisor de águas na forma de operar, registrar e gerir processos dentro das incorporadoras.
Logo no início do painel, Renato Lomonaco contextualizou a magnitude da mudança:
“A reforma tributária vem tirando o sono de muita gente do setor e quem ainda não está preocupado, deveria estar.”
Explicando que o setor deixará de operar com o simples e consolidado RET, Renato destacou:
“A reforma que veio para simplificar… no nosso caso não vai simplificar. A gente já tinha um regime simples, e agora vai para um regime mais complexo.”
O novo sistema traz variáveis inéditas para o cálculo tributário — como o redutor social de R$ 100 mil e o percentual do terreno, além da possibilidade de aproveitamento de créditos ao longo da cadeia. Um ponto de atenção é o CIB (Cadastro Imobiliário Brasileiro), que será um hub de dados nacional para imóveis e terrenos:
“Vai virar um grande dedo-duro… imagina um mega sistema com um CPF do terreno” , acrescenta Lomonaco.
Essa nova estrutura exigirá precisão extrema na formalização, registro de dados e rastreamento das operações.
Para Priscila Ramos, da MRV&CO, que participa ativamente das discussões setoriais com o governo, o maior desafio é mudar a mentalidade:
“O principal fator é mudar realmente o mindset. A gente vem de um regime muito simplificado… e isso trouxe uma venda nos nossos olhos.”
Ela enfatiza que, pela primeira vez, as incorporadoras terão de entender profundamente cada imposto incidente na cadeia de suprimentos:
“A gente não sabe qual é a carga tributária que temos hoje dentro da nossa cadeia… não por competência, mas porque nunca precisamos disso até agora.”
Além disso, Priscila alerta para um protagonista decisivo no novo modelo:
“Guardem bem esse nome: o redutor de ajuste será talvez o principal ator dessa reforma tributária pro nosso setor.”
Essa variável muda completamente o cálculo tributário conforme a origem do terreno — compra de pessoa física, jurídica ou permuta passam a ter efeitos diferentes.
Priscila também reforça a dimensão tecnológica da reforma:
“A gente tem uma reforma tecnológica. O tempo está contra a gente… e ainda vamos lidar com um regime híbrido até 2033.”
Carlos Mageste, do Grupo Patrimar, reforçou que a reforma exige mais que ajustes fiscais. Ela também demanda uma transformação profunda dos processos internos:
“Um dos principais desafios é toda a organização processual… a neutralidade só vai acontecer se tomarmos o crédito que esperamos.”
Ele destaca que o setor de suprimentos, por exemplo, precisará rever totalmente seus critérios:
“Hoje o suprimentos compra pelo menor preço. Mas será que com a reforma continuará assim? Talvez comprar um produto mais caro seja mais vantajoso se me gerar crédito.”
Mageste também alerta para pontos críticos que poucas empresas perceberam:
“Será que só o suprimentos compra? A obra também contrata, o administrativo também. Se isso não for revisado como um todo, pode-se perder timing.”
E ele vai além: o corretor se torna peça central no novo sistema, já que passará a emitir notas fiscais:
“Os corretores vão ter que emitir as notas… será que já estão preparados?”
Essa mudança impacta diretamente a rotina comercial, algo que exige treinamento imediato.
Diante do cenário, Rafael Bahr, da Senior Sistemas, expõe o ponto central: sem automação e tecnologia, nenhuma empresa conseguirá se adaptar.
“São 7 anos de transição. Temos que fazer nossos clientes passarem por isso de forma suave, sem precisar escalonar equipes, especialmente a fiscal.”
Rafael aponta que o setor terá de operar com:
Ele reforça:
“A emissão fiscal terá que ocorrer de maneira automatizada. Não pode haver trabalho manual.”
Esse ponto é fundamental: a reforma é, antes de tudo, um desafio tecnológico.
Priscila trouxe um dos pontos mais sensíveis e disruptivos:
“Nosso setor não emitia nota, e isso vai mudar.”
Ela explica que um primeiro MOC (Manual de Orientação ao Contribuinte) já foi divulgado, mas que ainda falta clareza:
“Está muito cru ainda… mas já dá para entender como o governo quer enxergar nossas vendas.”
E reforça o prazo:
“A nota fiscal precisa ser emitida até janeiro de 2027.”
Além dela, o setor terá novas obrigações acessórias, como:
O desafio é imenso e inevitável.
Apesar das dificuldades, Priscila deixa um alerta positivo:
“Quem dominar isso rapidamente terá vantagem competitiva.”
E Renato complementa:
“A área fiscal deixará de ser custo e virará oportunidade de negócio.”
A Reforma Tributária exige:
E esse é justamente o papel das soluções da Morada.ai no mercado imobiliário. Enquanto os times tributários e administrativos se reorganizam para atender às novas exigências legais, a Morada.ai garante:
1. Zero perda de dados e registros consistentes
A MIA, o Sales e o Iago mantêm:
Em um contexto onde qualquer erro de registro pode influenciar créditos e apurações, isso é essencial.
2. Eficiência operacional rápida, sem precisar ampliar equipes
A Reforma exige mais trabalho — mas a Morada.ai reduz a carga operacional:
Enquanto a Senior Sistemas cuida do ERP e das obrigações fiscais, a Morada.ai cuida do front completo da jornada comercial.
3. Fluxos inteligentes para corretores e compradores
Com corretores precisando explicar valores e operar com informações mais complexas, o Sales entrega:
4. Experiência transparente para o cliente final
Com o aumento da complexidade fiscal, compradores terão mais dúvidas. E o Iago garante clareza e suporte contínuo, sem sobrecarregar equipes internas.
A Reforma Tributária não é uma escolha — é um caminho sem volta. Mas a forma como sua incorporadora se adapta a ela pode definir os líderes do mercado nos próximos anos. A Morada.ai é a parceira tecnológica que antecipa essa transformação e entrega eficiência em todas as etapas da jornada comercial. Agende agora uma demonstração e veja como suas operações podem se preparar para essa nova era.