Protagonismo global com justiça social e infraestrutura sustentável
Quando o palco do Incorpora fica lotado, o mercado inteiro presta atenção. A fala do ministro das Cidades, Jader Filho, trouxe um recados direto para as incorporadora: moradia como motor de crescimento, cidade como pauta climática, industrialização e desburocratização como alavancas de produtividade, e previsibilidade de funding para destravar projetos.
“Hoje, um a cada dois imóveis lançados no Brasil vem do Minha Casa Minha Vida”, afirma o ministro das Cidades. Ainda segundo ele, um a cada três financiamentos é para famílias do Faixa 1 do programa.
Não é só discurso. O ministro das Cidades detalhou o fluxo de recursos e o papel do FGTS como âncora de confiança: “Temos 1,5 milhão de financiamentos realizados com recursos do FGTS e mais de R$ 27 bilhões em subsídios de entrada.” E cravou a bússola para o futuro: “Vamos levar o fundo a R$ 160 bilhões em 2026. É um recorde histórico.”
Justiça social que move a economia
O Minha Casa Minha Vida voltou ao centro da estratégia pública com impacto macro claro. O ministro das Cidades lembrou que, enquanto o PIB da construção puxou o crescimento em 2023, o mercado fora do MCMV perdeu tração e precisa de apoio para não desacelerar. O recado é pragmático para quem empreende. Manter o ritmo exige diversificar além do Faixa 1 e acelerar o Faixa 4 para a classe média.
“As famílias do Faixa 4 precisam ser atendidas e nós estamos aqui para facilitar”, diz Jader Filho.
No curto prazo, o governo prepara um reforço específico para o crédito imobiliário baseado na poupança. A medida é complementar ao MCMV e deve ser anunciada em conjunto pela Fazenda, Caixa e bancos privados. O objetivo é ampliar o funding habitacional e dar previsibilidade para os lançamentos até 2026.
Infraestrutura sustentável como vitrine global
O Brasil será palco da COP30 em Belém, de 10 a 21 de novembro de 2025, com um pavilhão dedicado às cidades. No Incorpora 2025, o ministro das Cidades fez um chamado para colocar saneamento, habitação e mobilidade de baixa emissão no centro do debate climático.
“O tema urbano precisa ter mais protagonismo nas COPs. Precisamos discutir saneamento, habitação e uma mobilidade que emita menos gases de efeito estufa”, acrescenta Jader Filho.
O enfoque é coerente com os dados. O Brasil é um país predominantemente urbano. Segundo o Censo 2022 do IBGE, 87,4% da população vive em áreas urbanas. O palco de Belém deve servir para mostrar soluções concretas de construção mais limpa, industrialização e modernização regulatória. O ministro das Cidades foi direto ao defender a adoção de sistemas construtivos industrializados: “A industrialização é o caminho. Precisamos ampliar wood frame e steel frame.”
O que muda para quem lança projetos agora
Três movimentos práticos para sair do Incorpora 2025 com plano de ação:
1) Planejar pipeline com previsibilidade de funding
Mapeie empreendimentos por faixa de renda e conecte o cronograma ao fluxo do FGTS e ao novo produto de poupança. A sinalização pública de R$ 160 bilhões em 2026 cria horizonte para decisões de terreno, industrialização e prazo de obra.
2) Acelerar industrialização e metas ambientais do projeto
Estruture pilotos em wood frame e steel frame. Defina métricas de prazo, custo e redução de emissões e prepare cases para apresentar no pavilhão de cidades da COP30.
3) Focar em inclusão e escala
Mantenha velocidade no Faixa 1. Reative o meio da pirâmide com o Faixa 4. Organize pré-vendas com comunicação transparente sobre elegibilidade e documentação. O governo sinalizou abertura para ajustes ao lado do mercado.
Incorpora como espaço de coordenação
O ministro das Cidades reconheceu a ABRAINC como parceira central do ciclo virtuoso que combina investimento, emprego e moradia digna: “Nós não podemos estar satisfeitos. Precisamos fazer mais e avançar juntos.”
Com a COP30 no horizonte e um mercado em reacomodação, o Incorpora 2025 amplia o papel do setor privado como protagonista da entrega climática e social do país.
O Brasil ganha quando cada lançamento se transforma em política pública em escala: mais casa própria, mais cidade bem planejada e mais competitividade para nossas empresas.
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